quinta-feira, 8 de julho de 2010

Emoções de viagem

A estranha sensação de viajar começa com a vespera e poucas horas antes da partida. Um frio na barriga e na espinha dorsal. Está chegando o momento. Em seguida caimos na real de levar as bagagens para o check-in, pesagens e ficha de embarque. Como estava indo para a Europa, não precisamos de visto de entrada, mas a rotina com a Policia Federal revistando até os sapatos, bagagem de mão sem frascos com mais de 100ml - na inglaterra, todos os liquidos devem ficar dentro de sacos plasticos que são oferecidos na entrada da revista de bagagens.
Enfim, só com a bagagem de mão, no saguão de embarque, em frente ao portão designado. Pouca gente, e aos poucos vai acumulando pessoas, já sem assentos de espera, e daqui a pouco a formação de fila, apesar de ter lugar marcado na poltrona do avião. No caso da linha economica que liga Londres a Katovice ou outros pontos da Polonia, só se admite bagagem de mão gratuita com limite de dimensão, num unico volume, portanto as bolsas devem estar dentro da mochila ou malinha.
Em viagem, perdem-se as referencias com que convivemos diariamente, como as placas de sinalização, tipo de calçamento das calçadas, lampadas, faixas de travessia de pedestres, portas mais pesadas, janelas mais solidas, iluminação de rua e dos predios, vitrines, moedas, onibus e metros, seus roteiros e paradas.
Ficamos numa desorientação total, pois o idioma que imaginavamos dominar é constantemente sabotado por pessoas que falam com dicção ruim, e com trejeitos e girias. Jornais nas bancas e nos saguões dos hoteis são legiveis e entendiveis, mas as noticias estão desconectadas em relação ao passado.
Enfim, o tudo é novo chega a perturbar a necessidade de referencias e de historia.

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