quinta-feira, 15 de julho de 2010

ARQUITETO EMPREENDEDOR

O arquiteto deve ser também empreendedor?
Responde o Otávio Zarvos, administrador e criador da Idea!Zarvos, empresa de projetos, obras, marketing e incorporação

O incorporador é um empreendedor.
O arquiteto é um prestador de serviços.
O empreendedor assume riscos, tem que se planejar e traçar uma estratégia de negócios.
Já o prestador de serviços tem outros problemas, dentro de uma rotina definida, e precisa ser eficiente nela. Para ser incorporador é preciso ter dinheiro ou uma boa rede de investidores.
O incorporador deverá reunir ideias, organizar recursos para atingir seus objetivos e, para isso, terá de conhecer muito bem a realidade - que é saber o que as pessoas querem ter ou comprar.
Meu contato com arquitetos, porém, comprova que eles estão muito longe dessa realidade.
Às vezes, o decorador chega mais perto.
Parece-me que o arquiteto pensa menos no que o cliente quer, em como a pessoa vive, e mais no próprio edifício, no que ele quer fazer.
Ele também me parece distante da realidade dos preços daquilo que projeta - muitas vezes, coisas difíceis de serem executadas, ou muito caras, ou de altos custos de manutenção.
Percebo também que arquitetos não são formados para usar as legislações da melhor maneira possível.
Eles não entendem como as leis podem ser maximizadas nos projetos, pelo melhor.
Sendo assim, acredito que nossos arquitetos até poderão se tornar incorporadores, mas terão de estudar para isso - mar­keting, economia, administração; eles terão de se aproximar do mercado imobiliário, e permitir que o mercado se aproxime deles.

Correto. Falta dizer que para os arquitetos pensarem nessa questão é preciso ter capital, pois empreender significa investir e investir significa dinheiro em caixa - disponível para gastar.
Quem não tem capital, não pode siquer imaginar ser empreendedor. Nem pense em arrumar alguém louco suficiente para lhe colocar milhares de reais na mão de inexperientes com alto risco economico.
Teoricamente, se o arquiteto dominar o projeto, tiver a sensibilidade de entender o usuário ou consumidor, saber construir com economia antes, durante e depois da obra, e saber enfrentar os riscos de mercado, então deveria sim ser empreendedor.

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