sexta-feira, 23 de abril de 2010

A nossa chama interna

Assim me parece: temos uma chama interna que fica acesa dia e noite por muitos e muitos anos. Uma chama frágil que às vêzes fica radiante e nos ilumina inteiro, mas que em ocasiões menos adequadas fica fraquinha e às vêzes chega a quase apagar.
Nem sempre estamos atentos à essa chama e descuidamo-nos dela. Descuidamos quando nos deixamos levar por efeitos externos e nos incomodamos com isso desnecessariamente. Por exemplo, quando estamos dirigindo nosso carro, alguém se aproxima pela retaguarda e fica piscando o farol, exigindo passagem. Como? Se estou na velocidade máxima na estrada, por que eu devo dar passagem para um infrator? E baseado em que lei esse infrator tem o direito de incomodar as pessoas por mero capricho pessoal. Pois não temos como classificar tal atitude a não ser como um caso psicologico individual, que por alguma razão o leva a ser infrator e considerar os outros como obstaculo aos seus caprichos, neste caso, de ter a pista livre para correr na velocidade que quizer.
Costumo dizer que nesses casos, não devemos perturbar a nossa chama. O problema não é meu, é dele, e portanto, ele que resolva seus problemas. Se eu achar que posso dar passagem, muito bem, mas se achar que não, fico na minha faixa, e ele que se desvie para ultrapassar.
É claro que na hora de ultrapassar esse infrator vai querer olhar para mim para saber quem ousa obstacularizar seus caprichos de querer pistas livres. E nessa ocasião, o melhor é segurar o volante com as duas mãos, inclinar-se para a frente e ficar olhando para a pista em frente, como se fosse um míope e surdo.
O infrator pode até desistir de ao ultrapassar, dar uma fechada em mim.
Mas ele irá perceber que os problemas dele são para ele resolver.

terça-feira, 6 de abril de 2010

SOU EU MESMO?

Acordei e de imediato, como sempre, fui ao banheiro, lavei o rosto com água quente passei espuma de barbear e estou me barbeando. Mas... eu tenho a mania de secar minhas mãos antes de pegar o barbeador; e costumo começar a me barbear do lado direito, logo abaixo da costeleta mas...comecei de baixo prá cima e estava segurando o barbeador com a mão molhada... que estranho!
Continuei me barbeando e me olhei no espelho e me vi; e reparei nos meus olhos; estranho, parecia que a imagem no espelho estava me olhando, me perscrutando, me interrogando...Sorri, e essa impressão sumiu, o rosto ficou descontraido.
Terminei de me barbear e peguei a loção pós-barba, e me distraí...e vi que havia colocado uns pingos no meio da palma da mão direita; em seguida juntando as duas palmas esfreguei uma na outra e passei nas duas faces do rosto... mas... por que fazia aquilo? Meu costume era de pingar um minimo de loção na ponta dos dedos medio e indicador e passá-los em tres pontos do rosto e depois espalhar com os dedos... que estranho... mas, deixa prá lá...achei que meu corpo tinha tomado algumas decisões por conta própria...
Isso acontece com você, ou aconteceu alguma vez? O que isso significa?
( .. gente, isso é ficção!!! nada real, ok? estou ensaiando algo fantástico depois de ler hoffmann... heheh)

domingo, 4 de abril de 2010

DECISÕES

Rodovia Carvalho Pinto visto da estrada velha SP-RIO na
altura de Jacareí. Opção para rota sem pedágio de Taubaté
até Mogi das Cruzes, mas é muita quilometragem.
Tenho feito muitas viagens dirigindo sozinho pelas rodovias, entre Sampa e Pinhal. São momentos que opto entre me distrair ouvindo musicas gravadas em MP3, ouvir rádios locais, em geral de musicas sertanejas, ou desligar tudo e dirigir devagar, mantendo os 3.000 a 4.000 r.p.m. para ter menos consumo de combustivel e ter o nivel de barulho aceitável. As viagens duram cerca de 2 a 3 horas, dependendo principalmente do trecho metropolitano, que pode até dobrar o tempo de viagem.
Além dessas decisões de viagem, quando a viagem está tranquila, posso deixar meus pensamentos fluirem. Numa dessas, fixei o tema - decisões- e pensei comigo: decido coisas do agora, neste exato momento, se mantenho a velocidade, se ultrapasso alguém mais lento, se na ultrapassagem acelero além da velocidade permitida, se cruzo a faixa contínua, etc. Decido também um pouco mais adiante, se vou por um roteiro ou outro, se opto por desviar de pedagios ou se ganho tempo pelo trajeto mais curto. E mais adiante ainda, foi uma decisão de eu ficaria mais um dia em Pinhal ou se iria para Sampa naquela manhã. E havia decidido dois dias antes, que iria mudar de carro pois a quilometragem do meu já se aproxima dos 100.000 km e começa a dar mais despesas de manutenção, e decidi trocar os custos de manutenção pela de juros de um carro que não precise de tais cuidados.
No mes anterior, havia decidido que na semana seguinte não viria a Pinhal para ir ao Rio de Janeiro, e para isso havia feito reserva de hoteis e de passagens, além de combinar o rateio de hotel com alguns colegas.
No final deste semestre já estou reservando passagens e hoteis para visitar meu filho em Londres. umas férias de 20 dias oficiais, e estou finalizando os horarios dos pontos que vou visitar.
E para o segundo semestre estou planejando apresentar um trabalho num congresso e estou seguindo um cronograma de envio de trabalho final - com a fase de resumo já concluida - e de parcerias para o preparo desse trabalho. E para o ano que vem pretendo conseguir recursos para um outro congresso no exterior.
Tenho planos para daqui a 2 ou 3 anos poder ficar mais tempo fora de Sampa, numa vida com menos transportes.
Então, vemos quantas decisões acontecem. E enquanto estou dirigindo, muitas vezes ocorrem pensamentos de como decidir coisas que ficaram pendentes.