sexta-feira, 23 de abril de 2010

A nossa chama interna

Assim me parece: temos uma chama interna que fica acesa dia e noite por muitos e muitos anos. Uma chama frágil que às vêzes fica radiante e nos ilumina inteiro, mas que em ocasiões menos adequadas fica fraquinha e às vêzes chega a quase apagar.
Nem sempre estamos atentos à essa chama e descuidamo-nos dela. Descuidamos quando nos deixamos levar por efeitos externos e nos incomodamos com isso desnecessariamente. Por exemplo, quando estamos dirigindo nosso carro, alguém se aproxima pela retaguarda e fica piscando o farol, exigindo passagem. Como? Se estou na velocidade máxima na estrada, por que eu devo dar passagem para um infrator? E baseado em que lei esse infrator tem o direito de incomodar as pessoas por mero capricho pessoal. Pois não temos como classificar tal atitude a não ser como um caso psicologico individual, que por alguma razão o leva a ser infrator e considerar os outros como obstaculo aos seus caprichos, neste caso, de ter a pista livre para correr na velocidade que quizer.
Costumo dizer que nesses casos, não devemos perturbar a nossa chama. O problema não é meu, é dele, e portanto, ele que resolva seus problemas. Se eu achar que posso dar passagem, muito bem, mas se achar que não, fico na minha faixa, e ele que se desvie para ultrapassar.
É claro que na hora de ultrapassar esse infrator vai querer olhar para mim para saber quem ousa obstacularizar seus caprichos de querer pistas livres. E nessa ocasião, o melhor é segurar o volante com as duas mãos, inclinar-se para a frente e ficar olhando para a pista em frente, como se fosse um míope e surdo.
O infrator pode até desistir de ao ultrapassar, dar uma fechada em mim.
Mas ele irá perceber que os problemas dele são para ele resolver.

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