quinta-feira, 19 de maio de 2011

terry fotografo de caras... aliás, rostos

Olá Terry,
Me lembro na Polonia, naquela praça em Cracow, vc parou e pediu para um senhor posar para a sua maquina. Vc tem esse traquejo de falar com desconhecidos e convencê-los a posar prá sua máquina. Não se trata apenas da técnica fotográfica, mas de saber montar o momento certo, a expressão certa, enfim, conseguir tirar algo interessante que as pessoas em geral não percebem. Isso é arte, mostrar o óbvio, que todos vêem mas não percebem.
Lembro que quando ainda moravamos em Coruputuba, Pindamonhangaba, tem fotos dos  seus tios Mi, Goro e Kenji muito naturais, rindo descontraido, e isso foi obtido graças ao fotógrafo Sr. Kodato, um profissional itinerante que fazia fotos para as familias japonesas que não tinham máquina. E ele tinha um talento incomum para tirar fotos de crianças, sempre colocando-as no mais natural e descontraido. Isso era o talento dele, as fotos uma mera consequencia. No entando, o foco, a luz estavam também boas, e ele fazia ampliações das fotos aproveitando para dar o enquadramento e... talvez mais algumas modificações de laboratorio. Mas, veja bem, nada dessa tecnologia de laboratorio iria acrescentar ou tirar do momento que ele construiu na hora de dar o clic. Esse instante mágico. E naquela época, acredito que as máquinas não tinham as fotos sequenciais de muitas fotos por segundo, e nem outros recursos que hoje são disponiveis em máquinas populares.
Enfim, é isso. Acho que esse é seu talento, a capacidade de se comunicar com as pessoas, e obter a expressão que vc quer. Agora, é aí que talvez vc tenha que se aprimorar, a de conseguir a expressão das pessoas que normalmente não aparentam.
Grandes abraços.

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